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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Filosofia, pulgas e educação!


A pergunta “As escolas estão/estarão preparadas para o ‘ensino’ de filosofia?” é um delicioso paradoxo! Pois, de fato, elas nunca estarão – o que é, por um lado, relativamente ruim, e, por outro, relativamente bom. No primeiro caso, se considerarmos a filosofia enquanto disciplina exata (o que é absurdo!); no segundo, exatamente por ela não ser exata e apontar para outras direções. Neste caso, deveríamos substituir o termo “filosofia” por outro menos vago.

Mas é óbvio que tal indagação, considerando-se quem a fez, está bem direcionada, ou seja, ela radica não de um interesse pela natureza da filosofia, mas por uma curiosidade (às vezes meramente mórbida!) acerca da formação do/a educador/a: competência didático-metodológica, domínio teórico, capacidade de articular o local com o geral, bem como o necessário com o contingente, análise acerca do desenvolvimento cognitivo dos/as educandos/as e coerência entre “possível” e “possibilidade” etc.

De modo que a “pulga atrás das orelhas” nos leva a tantas outras (pulgas? Não sei!), cuja análise e resposta não estão nas mãos da tão amada (por uns) e odiada (por outros) filosofia! Aliás, saliente-se que nem sempre aquele/a que faz tal pergunta sabe por que a faz. Daí não ser surpreendente encontrar gente das mais diversas áreas apontando seus inocentes (?) dedinhos para os fenômenos educativos: é que o “educativo”, por não ser tão visível – como muitos já tentaram – suscita precipitações homéricas que nem mesmo Homero entenderia! (se é que ele existiu, né gente?!). Mas isto é assunto para os literatos...

Cristiano Vasconcelos

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